O ódio me consome...
Mas quem pode me julgar...?
Quem julga não conhece o meu chorar...
Nunca viu!
Não sentiu!
Não estava lá...!
O ódio me consome...
Mas quem pode me julgar...?
Quem julga não conhece o meu pesar...
Nem a dor!
Nem clamor!
Por onde andou...?!
O ódio me consome...
Mas quem pode me julgar...?
Quem julga não conhece o meu sofrer...
A ferida
E a doença!
Onde ele está...?!
O ódio me consome...
Mas quem pode me julgar...?
Quem julga não notou o opositor...
Pelo horror
Não passou!
Ignorou...!
Quem julga...
Sua alma não gritou...!
Nem berrou...!
Nem bradou...!
Nem calou...
E se cansou...
Só julgou...
Artur Nogueira, SP - 25/08/2018