Quando ouço a sua voz,
Tenho medo.
Sinto que nós
Nunca poderíamos
Ficar a sós...
Você já deve ter notado...
Talvez isso tenha te afastado
E a vida assim, te arrastado
Para longe,
Longe de mim.
Suspiro, sabe?
Eu sinto, sabe?
Que eu preciso te encontrar
Numa outra situação
Pra ouvir a sua canção...
Nó na garganta se formou,
E quase evidente ficou
A razão do meu silêncio.
Me refugio na poesia:
Poemas de desespero...
São Paulo, SP - 12/04/2006